Um grito das ruínas de Gaza

O genocídio continuará, se a impunidade de Israel persistir

Declaração da Rede Palestina-Global de Saúde Mental

A Rede Palestina-Global de Saúde Mental clama, com angústia e indignação, contra a destruição do Hospital Kamal Adwan, mais um marco do genocídio em curso. Este espaço, dedicado a abrigar e cuidar, foi consumido pelas chamas; suas enfermarias, reduzidas a cinzas pela destruição deliberada das forças militares israelenses.

O Destroço da Esperança
O ataque ao Hospital Kamal Adwan não é apenas uma tragédia, é uma atrocidade. Pacientes — muitos deles crianças — foram arrancados de suas camas enquanto fogo e violência tomavam o hospital. Dezenas de funcionários, incluindo o diretor, Dr. Hussam Abu Safiya, foram levados à força. Seus destinos permanecem incertos, enquanto o medo e o desespero tomam conta de suas famílias e da comunidade devastada.

Esses ataques não são incidentes isolados. Desde outubro de 2023, Gaza tornou-se um cemitério de esperança, um túmulo coletivo para os palestinos. Mais de 45 mil palestinos foram mortos. Quase toda a população foi deslocada. O bloqueio sufoca como um nó apertado, e o sistema de saúde de Gaza — um direito humano básico — está em ruínas. A Organização Mundial da Saúde descreve a situação de forma clara e cruel: o sistema de saúde de Gaza está sendo sistematicamente desmantelado, uma "sentença de morte para dezenas de milhares".

Um Grito do Abismo
O que resta quando hospitais são destruídos? Quando médicos são presos, torturados e silenciados? Quando crianças perdem a vida porque tanques de oxigênio não conseguem atravessar bloqueios? Isso não é guerra. É aniquilação. É a asfixia lenta e deliberada de um povo. É genocídio.

Cada hospital destruído, cada paciente abandonado sob os escombros, cada corpo de uma criança retirado das ruínas não são acidentes. Não são "danos colaterais". São crimes contra a humanidade, atos calculados de genocídio, realizados diante de um mundo que assiste em silêncio.

Onde está a justiça? Onde está a humanidade? O que será necessário para despertar o mundo de sua apatia?

Um Apelo ao Mundo
Não podemos mais aceitar a impunidade. Exigimos:

  1. Fim imediato do genocídio: a matança indiscriminada em Gaza não pode continuar. O bloqueio é uma sentença de morte, e sua manutenção é uma mancha na consciência da humanidade.
  2. Corredores humanitários abertos: permitam que as ambulâncias passem. Deixem os remédios chegarem. Deixem Gaza respirar.
  3. Proteção às instalações de saúde: apliquem as leis que nos unem como seres humanos. Protejam o que resta dos hospitais e clínicas de Gaza.

A Imunidade que mata
Neutralidade diante do genocídio é cumplicidade. Cada momento de silêncio e a falta de responsabilização alimentam o fogo que consome Gaza. Cada instante de inação permite que outro hospital seja destruído, outra criança morra, outra família seja despedaçada.

Este é o grito das ruínas do Hospital Kamal Adwan. É o clamor das mães de Gaza enterrando seus filhos. É o lamento dos médicos forçados a abandonar os doentes. O mundo está assistindo. Você vai agir ou desviar o olhar novamente?

Junte-se à luta pela justiça
Veja como você pode ajudar:

  • Assine a Petição: Junte-se à campanha "Not Another Hospital".
  • Divulgue: Amplifique o clamor de Gaza compartilhando esta mensagem com suas redes.
  • Exija ação: Contate seus representantes governamentais e peça medidas para proteger o povo de Gaza e seu direito à saúde.
  • Pressione por um embargo de armas a Israel.
  • Apoie o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), seguindo suas diretrizes e incentivando outros a fazerem o mesmo.

Não podemos esperar mais
Ignorar a catástrofe em curso não é uma opção.

Este não é apenas o clamor de Gaza. É o grito da humanidade por justiça. A destruição do Hospital Kamal Adwan é um ataque aos princípios que prezamos. É um chamado para que todos nós nos levantemos, falemos e ajamos.

Que este grito não se perca no silêncio. Que ele ressoe até que a justiça seja alcançada.

Não desvie o olhar. Não fique em silêncio. A humanidade deve agir.

AJA AGORA.

Este é o momento de criar mudanças e pôr fim ao genocídio.

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